sexta-feira, 3 de abril de 2009

Jamie Oliver cozinha para o G-20


Começo pela minha declaração de interesse: sou fã do personagem.
Não pela craveira da sua cozinha - que não conheço verdadeiramente e, para ser totalmente franco, não me inspira sequer particular interesse ou confiança - mas pela sua extraordinária capacidade de comunicação.
Em frente a Jamie Oliver, sinto-me contagiado pelo seu "magnetismo" simpático e o (decerto premeditado) ar de "enfant non-terrible", desorganizado e "casual", com que fala de (e escreve sobre) comida... como se estivesse sempre de passagem pela nossa própria cozinha. Confesso-me espectador atento dos seus programas televisivos, leitor dos seus livros e admirador das suas "causas" gastronómicas.
Agora, mais um "furo": Jamie foi o chef escolhido para preparar o banquete da cimeira do G-20.
Para além dos cuidados "políticos" habituais (tentar evitar carne de porco), a escolha do cardápio foi presidida por uma "ideológica" afirmação da qualidade da cozinha e das matérias primas das ilhas britânicas.
Assim, Jamie escolheu para começar uma entrada de salmão "orgânico" da Escócia, acompanhado por uma selecção de vegetais oriundos de diversas regiões do Reino Unido (Sussex, Surrey e Kent).
Para prato principal, pá de carneiro do Norte de Gales, assada lentamente e acompanhada com batatas reais de Jersey, cogumelos selvagens e molho de hortelã.
No meio das agruras da crise financeira internacional, os chefes de estado presentes em Londres puderam, pelo menos, experimentar uma "honesta" refeição inglesa.
Enfim, "nothing fancy".

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