terça-feira, 21 de abril de 2009

Os melhores 50 restaurantes do mundo

Já saiu a lista de 2009 do incontornável "The San Pelegrino World's 50 Best Restaurants". Nos primeiros 10 - liderados uma vez mais por "El Bulli" (de Ferran Adriá), que é votado, pelo 4.º ano consecutivo como o melhor restaurante do mundo - constam, por ordem decrescente, o "Fat Duck" (Inglaterra), "Noma" (Dinamarca), "Mugaritz" (Espanha), "El Celler de Can Roca" (Espanha), "Per Se" (EUA), "Bras" (França), "Arzak" (Espanha), "Pierre Gagnaire" (França) e "Alinea" (EUA).
Para ser franco, não me interessa particularmente discutir os critérios de uma lista que - por definição - será sempre discutível, nem sequer perder muito tempo com os méritos relativos dos restaurantes nomeados e das suas posições na lista.
Para mim, cada vez que sai um guia ou uma lista desta natureza, fica a fantástica sensação de que tenho (ainda) o mundo todo para descobrir e a vontade de o fazer à mesa de quem mo pode revelar.

Guardo também um (atrasado) propósito de ano novo: fazer, pelo menos, uma refeição num destes restaurantes galardoados (querem vir?)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Peixe em Lisboa


Até ao próximo dia 26 de Abril é absolutamente indispensável arranjar tempo para passar (mais do que uma vez!) no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, e aproveitar o riquíssimo programa que o evento PEIXE EM LISBOA disponibiliza para todos os que puderem/quiserem passar em Lisboa por estes dias. A qualidade dos mais de 20 chefs associados ao evento fala por si. Eu vou!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Franz Ferdinand e o Queijo de Azeitão


Alex Kapranos, vocalista da banda rock escocesa Franz Ferdinand, escreveu um pequeno livro, intitulado "Snacks e Outros Sons", com recolha das experiências gastronómicas vividas durante as digressões internacionais da banda.
Sobre Lisboa relata uma refeição tomada no Restaurante Alfaia, no Bairro Alto. O protagonista, contudo, é o queijo de Azeitão.
Escreve Kapranos:
"Trazem-nos à mesa uma selecção de queijos, presunto e azeitonas. Vale a pena ir a Lisboa só para comer queijo de Azeitão. A casca velha, envolta em gaze muçulmana, parece a pele de uma múmia egípcia. Cortaram-lhe uma tampa na parte de cima, e traz uma colherzinha espetada no interior cremoso. É feito numa terra um pouco a Sul, perto da serra e do litoral, a partir de leite de ovelha cru e não pasteurizado, com cardo em vez de coalho. Barramo-lo como mel sobre fatias de pão fresco, e a sua doce pungência dilata-nos as narinas, forrando-nos o tecto das bocas".

sábado, 4 de abril de 2009

Fifteen

Estreio-me no blogue - tarde e a más horas -só para dizer, a propósito do post do Rafael Lucas Pires, que vou na próxima 3ª ao Fifteen, um dos restaurantes do Jamie Oliver. A parte da reserva já foi interessante: foi como num hotel (cartão de crédito à cabeça),  recebi um e-mail minutos depois com todos os detalhes (mapas, descrições do restaurante, dress code, etc.), e um telefonema ontem para a confirmação definitiva. Caramba: é só um almoço. Depois relato a experiência aqui no Deguste.com.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Jamie Oliver cozinha para o G-20


Começo pela minha declaração de interesse: sou fã do personagem.
Não pela craveira da sua cozinha - que não conheço verdadeiramente e, para ser totalmente franco, não me inspira sequer particular interesse ou confiança - mas pela sua extraordinária capacidade de comunicação.
Em frente a Jamie Oliver, sinto-me contagiado pelo seu "magnetismo" simpático e o (decerto premeditado) ar de "enfant non-terrible", desorganizado e "casual", com que fala de (e escreve sobre) comida... como se estivesse sempre de passagem pela nossa própria cozinha. Confesso-me espectador atento dos seus programas televisivos, leitor dos seus livros e admirador das suas "causas" gastronómicas.
Agora, mais um "furo": Jamie foi o chef escolhido para preparar o banquete da cimeira do G-20.
Para além dos cuidados "políticos" habituais (tentar evitar carne de porco), a escolha do cardápio foi presidida por uma "ideológica" afirmação da qualidade da cozinha e das matérias primas das ilhas britânicas.
Assim, Jamie escolheu para começar uma entrada de salmão "orgânico" da Escócia, acompanhado por uma selecção de vegetais oriundos de diversas regiões do Reino Unido (Sussex, Surrey e Kent).
Para prato principal, pá de carneiro do Norte de Gales, assada lentamente e acompanhada com batatas reais de Jersey, cogumelos selvagens e molho de hortelã.
No meio das agruras da crise financeira internacional, os chefes de estado presentes em Londres puderam, pelo menos, experimentar uma "honesta" refeição inglesa.
Enfim, "nothing fancy".